segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Memórias Literárias



Aluna: Mariana Pereira dos Santos
Turma: 7º ano “1”
Gênero textual: Memórias Literárias
Professora: Leandra Luisa Bertuzzi
Pedacinho de Chão

Lembro como se fosse hoje, morava numa cidadezinha do Rio Grande do Sul. Estava toda empolgada, pois iríamos mudar para uma nova cidade, tão esperada, chamada Dionísio Cerqueira, no Estado de Santa Catarina. Eu sabia que deixaria meus amigos e também parte de minha infância, mas também sabia que naquela nova cidade eu encontraria novos amigos e construiria parte da minha história. Quando cheguei ao destino fiquei admirada com tanta beleza e simpatia, eu sentia que ali seria o meu lugarzinho para viver por muito tempo. A cidade era pequenininha e pouco povoada, as casas eram simples, feitas de madeira e as pessoas eram gentis umas com as outras.
Meu pai era agricultor, adorava cuidar dos animais, plantar, colher, e minha mãe ajudava meu pai na roça, cuidava da casa e dos filhos, tudo que era utilizado para fazer comida era retirada da horta e da lavoura, naquela época ainda não havia eletricidade para gerar a luz, então usávamos lampiões de querosene.
Nós nos divertíamos muito, apesar de que naquele tempo não existia esse tanto de brinquedo de hoje. Minha família não tinha muitos recursos, mas éramos muito felizes, o pouco era o suficiente para nos divertirmos a tarde toda, íamos até a cachoeira, resvalávamos no potreiro, subíamos nos cipós, brincávamos de canoa. Ainda não existia TV, escutávamos as telenovelas no rádio toda quinta-feira. Ah, que saudade daquele tempo!
A cidade foi crescendo, mas não deixando de lado toda a sua hospitalidade, era tão bom ir aos bailes, os moços não usavam essas roupas de hoje, a moda da época era usar o cabelo grande, até o ombro geralmente, usavam camisa com bolinhas e umas calças justas até uma parte da perna e a outra parte era larga, e as moças usavam vestidos de pregas largas, bastante coloridas. Também a moda era usar o cabelo com franja. As moças iam aos bailes, mas sempre acompanhadas de seus pais. Ah, que saudade dos tempos da mocidade!
E este é o lugar onde vivi minha vida, tranquilo, que me acolheu com muito carinho, onde compartilhei meus melhores momentos, um verdadeiro pedacinho de chão.

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